Os servidores do INSS decidem entrar em greve
A decisão dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de iniciar uma greve nacional surge após várias tentativas frustradas de acordo com o governo federal. O movimento grevista, que começará nesta quarta-feira, dia 10, é um reflexo das demandas não atendidas pela administração pública. A greve abrange tanto os trabalhadores presenciais nas agências físicas quanto aqueles em home office.
Impacto da greve do INSS
O impacto da greve do INSS ainda é incerto, pois depende da adesão dos servidores. A paralisação pode afetar a análise e concessão de benefícios como aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada, além de recursos, revisões e atendimentos presenciais, exceto perícia médica. Segundo representantes dos servidores, a adesão determinará o grau de impacto nas operações do INSS. O instituto afirmou que, até o momento, não há informações sobre agências fechadas e que os canais remotos, como o aplicativo e site “Meu INSS” e a central telefônica 135, continuam funcionando normalmente.
Reivindicações dos servidores e resposta do governo
Os servidores do INSS exigem, principalmente, um reajuste salarial, além de outras melhorias nas condições de trabalho. Entre as demandas, está o reconhecimento da carreira de técnico do seguro social como carreira de estado. O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, reconheceu a legitimidade das demandas, mas destacou que ainda não há certeza sobre a capacidade do poder executivo de atender às reivindicações financeiras. O governo propôs um aumento salarial de 9% a partir de janeiro de 2025 e outro de 5% a partir de abril de 2026, além do alongamento da carreira de 17 para 20 padrões. No entanto, os servidores rejeitaram essas ofertas. A greve do INSS ocorre em um momento delicado, em que o governo federal planeja iniciar um pente-fino nos benefícios previdenciários. Caso a greve se concretize, essas avaliações poderão ser impactadas. Até o momento, nem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nem o ministro da Previdência, Carlos Lupi, se manifestaram sobre a possibilidade de greve.
A greve do INSS representa um desafio significativo para o governo federal, que enfrenta demandas urgentes dos servidores enquanto planeja um super pente-fino nos benefícios previdenciários. A paralisação dos serviços do INSS pode atrasar essas avaliações e impactar negativamente milhões de beneficiários que dependem desses serviços. O governo ainda não se pronunciou oficialmente sobre a greve, mas a situação requer uma solução rápida e eficiente para evitar maiores transtornos aos segurados. Os servidores do INSS seguem pressionando por um acordo que contemple suas demandas, enquanto o governo busca uma solução que equilibre as necessidades dos trabalhadores e a capacidade financeira do estado. O desenrolar desta situação poderá definir o futuro das políticas previdenciárias e de assistência social no Brasil, além de influenciar as negociações futuras entre servidores públicos e o governo federal.